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MEU LIVRO
MEU LIVRO

Prólogo

                                                                                                    

A futura noiva.

 

Dezessete anos atrás, Klauster não pensava em se casar,mais a sua família exigia dele,porque ele era príncipe da cidade de Veneza.Ele não sabia com quem se casaria,porque teria que escolher à pretendente antes de nascer,cuidar dela até ter a idade completa para se tornar vampira de verdade,até completar os seus dezessete anos.

Seus pais exigiam sua responsabilidade como vampiro e também como príncipe,

mais os seus pensamentos eram ser somente um homem livre,sem responsabilidade.O que ele mais tinha amado na vida,haviam tirado dele,a sua anja Garlys,que porém era um amor proibido.

-Filho?-Chamou a rainha Valquíria, mãe do Klauster.

A rainha Valquíria era branca dos olhos azuis e com os cabelos negros até a cintura,uma mãe deslumbrante  porque para uma vampira ela jamais teria aparência de velha.

-Sim mãe?

-Chegou á hora de ir vigiar a tua noiva ,já escolheu quem será?

-Não mãe .Você sabe que não quero me casar,quero viver sozinho será que não me entende?

-Klauster não grite com a sua mãe!

O rei Artur era autentico e cheio de charme,alto e muito branco,Klauster era da mesma forma,muito parecido com o pai,mas porém o rei Artur vivia em cima de regras,queria que sua família seguisse a tal tradição de séculos e séculos.

-Não estou gritando pai,mas não quero me casar,não quero ter de me casar com alguém que não amo de verdade!

-Se não quer escolher,eu mesmo escolho por você Klauster,se é assim que prefere.

-Por mim sem problemas,não vai fazer diferença alguma se eu escolher mesmo!

-Lá na cidade de Calmil,há um casal que estão esperando uma filha mulher,faltam 2 meses para a criança nascer,vá a cidade e converse somente com o pai da criança,a mãe nunca poderá saber de sua existência,até a menina ter a idade completa de se tornar vampira.Certifique-se que o pai aceitará a situação e dê a ele o nome da Criança,que será Becca Phillips.

-Mas pai...

-Mais nada Klauster,você partirá hoje.Não quero saber de discussão no meu reino.Estamos entendidos?

-Sim senhor pai.

A Rainha Valquíria não queria que seu único filho se casa-se obrigado,mais era as regras.Klauster fez as suas malas e foi para a cidade de Calmil.Quando chegou a casa do casal que seu pai havia mencionado, ele se sentiu constrangido,era uma casa tão pequena,e ele reclamava da vida que os pais lhe davam.

Ele esperou que o pai da sua futura noiva saísse e com isso o encurralou.

-Preciso lhe dizer algo meu senhor.

Alberto era um homem alto e magro,era um homem simples.Ele parecia assustado com o quê via,além do mais Klauster era quase da cor de um papel.

-Digas o quê queres de mim?

-Sua filha nascerá daqui 2 meses, coloque o nome dela de Becca Phillips.Eu irei observa - lá durante dezessete anos,assim que sua filha completar dezessete anos eu a levarei para se casar comigo.

-Você acha que é só pegar a minha filha que nem nasceu e leva - lá para longe,sem mais nem menos?

-É bom você colaborar, pois se não lhe transformo em um monstro.

Klauster mostrou seus dentes afiados, pois somente assim o senhor colaboraria com a maldita tradição.

-Você é um vampiro?

-Sou, e se não aceitar o quê irei fazer no futuro, transformo você,sua esposa e sua filha em vampiros.

-Não será necessário. Você levará Becca somente depois dos dezessete anos?

Alberto estava assustado, nunca tinha visto um vampiro de verdade,porém sabia que existia,mas ele estava disposto a salvar a sua família.

-Só,é a tradição do meu reino.

-Então tudo bem,mais nunca transforme a minha filha.

 -Tudo bem,nunca irei transforma - lá,mas também nunca conte a sua esposa sobre a minha existência.

Klauster saiu e deixou Alberto sozinho na noite.Se era confuso para Klauster fazer aquilo que dirá ao seu Alberto que recebeu a noticia?

Depois daquele dia,Klauster não saiu mais de Calmil,e assim que a sua futura esposa nasceu,ele se encantou,foi como amor a primeira vista.Ele sempre ficava por perto de Becca,mais não podiam se conhecer antes dela completar dezessete anos.

Klauster havia mudado de opinião quando Becca nasceu,mais o que nunca havia pensado era se ela gostaria de se casar com ele,além do mais porque ele sabia tudo sobre a vida de Becca,mais e ela?

Tudo podia mudar,mais isso iria depender da força de vontade dos dois quererem ser felizes juntos,pois como existia vampiros,também existiam anjos vagando pelo mundo.Mas nem todos os anjos eram tão bons,e nem todos os vampiros eram ruins,porém de uma coisa Becca não sabia,que as aparências enganam fácil.

 

 

1.O Dia da transformação.

 

Era no final da tarde,quando não me aguentei e fui para a praia que costumava ir quando o meu pai ainda era bom de saúde.Meu pai havia descoberto que estava com câncer terminal do estômago.Tudo tinha mudado,minha mãe teve que ir viajar para assim meu pai ter um tratamento melhor em sua saúde.

Como eu estava cursando o último ano do ensino médio tive que ficar em nossa cidade natal Calmil,e morar com a minha melhor amiga Anabeth.Não era ruim morar com ela, pois a Ana morava sozinha desde os 15 anos de idade,minha mãe se sentiu segura me deixando com ela.Que era uma besteira é claro!

Cada dia que se passava me sentia mais importuna por não poder fazer nada para ajudar o meu pai,o seu Alberto tinha sido meu herói,ele tinha sido muito presente em minha vida.

Eu chorava como se meus pulmões fossem explodir,as estrelas já estavam surgindo no céu e na praia só se encontrava eu,Becca Phillips vagando sozinha pelos meus tristes pensamentos importunos e ingênuos.

Depois da doença do meu pai não conseguia pensar em mais nada a não ser em chorar e querer fazer algo para ajudá-lo .A Ana já estava acostumada com as minhas saídas de repentes,saía de madrugada para chorar,ficava sozinha fitando as estrelas,e as vezes me pegava ligando para minha mãe em horários impróprios.

-Deus me dê uma oportunidade de salvar o meu pai! -Falei sozinha fitando o céu,achando que por um momento Deus pudesse ter ouvido a minha prece.

Eu escutei passos lentos,como se alguém não quisesse ser ouvido,não liguei se fosse um homem ou uma mulher,continuei chorando sozinha com os meus sentimentos,tudo era banal naquele momento para mim.

Meu celular tocou,tinha algo em mim que me dizia que era a minha mãe,ela me ligava sempre para me dar notícias sobre o meu pai.

-Alô?

-Oi minha princesinha.

Era o meu pai,meu coração quase desmoronou,pois fazia muito tempo desde que nos falamos pela ultima vez.Tive vontade de chorar ao telefone mais me segurei para mostrar a ele que era forte o suficiente para aguentar aquela barra,o que era tudo mentira,pois a cada dia meu coração se quebrava.

-Oi pai.tudo bem com você?

-Esta daquele jeito minha boneca.Mais e os estudos como estão ai em Calmil?

Ele sempre se preocupava comigo,mesmo quando ele tinha problemas.

-Esta tudo em perfeito estado pai,estou me acostumando em morar com a Ana sabe como é...

-Sei.Que bom filha,olha eu tenho que desligar porque vou fazer uma cirurgia,se cuida meu amor,não esquece que eu te amo Becca.

Naquele momento daria tudo para estar ao lado dele,daria meu estômago se fosse possível para devolver a vida que estava sendo tirada do meu Alberto.

-Eu também te amo pai,tudo vai dar certo viu!

-Eu espero meu amor,eu espero.

Assim que meu pai desligou o telefone não me segurei,desabei a chorar novamente,as lagrimas já faziam parte da minha vida.Mais depois notei que alguém me observava,aliás eu já estava percebendo isso a muito tempo,era tudo estranho pois isso só ocorria quando eu estava sozinha,chorando no meu mundo solitário.

-Oi Becca.-Disse uma voz de homem.

Virei e me deparei com um homem lindo,ele era tão branco que chegava a ser da cor de um papel de seda,os cabelos eram negros como a noite e seus olhos eram verdes como uma folha de palmeira.Mais a única pergunta que não calava era:”Como ele me conhecia?”

-Quem é você?-perguntei á ele.

-Eu sou Klauster.Aliás sinto muito pela doença do seu pai,é muito trágico saber disso e não poder lhe ajudar.

-Como você sabe sobre a doença do meu pai?Você mal me conhece!

-Becca eu te conheço muito antes de você pensar em andar.Venho esperando dezessete anos para nos encontrarmos.Posso me sentar com você?

Aquele homem era muito do abusado.Como ele me conhecia tanto e eu mal sabia o seu nome?

-Pode,claro que pode! Aliás Klauster fique com a praia toda,já estou saindo,amanhã eu trabalho,passar bem.

- Volte aqui Becca.Eu preciso lhe fazer umas perguntas importantes.

-Sobre o quê, por exemplo?

-Porque você nunca se apaixonou por ninguém?Sabe para se entregar de verdade.Eu esperei você crescer,vi todas as suas artes,vi você beijar a primeira vez,e agora chegou a minha vez Becca,eu quero você!

-Você pirou?Saí da minha frente seu esquisito! Olha é melhor você não me encher o saco,meu dia não foi legal hoje.

-Seus dias estão sendo péssimos desde que seu pai teve que ir viajar Becca,ao meu lado você não irá ter problemas com a morte.

Aquele tal de Klauster estava me tirando dos nervos,quem ele era para poder falar daquela forma comigo?Eu estava me deixando levar pelo extinto de uma beleza,que no fundo não valia á pena.

-Morte?O que eu não quero pensar mais é na morte,meu pai esta prestes a morrer, e você vem me dizer que com você eu nunca vou enfrentar a morte,que piada! Você é o quê afinal,um lobisomem,um vampiro?É melhor me dizer logo Klauster,pois não tenho tempo para ficar de tititi por ai!

-Sou um vampiro meu amor!

Espera ai,ele tinha dito um vampiro.Quanto estavam pagando ele para fazer aquele teatro?Devia ser um péssimo salário,pois não tinha graça alguma.

-Você passou dos limites,me dá licença por favor,preciso ir embora.

Ele me segurou pelos braços e não me deixou sair,Klauster era realmente muito lindo e também muito sedutor com aqueles olhos verdes fulminantes.

-Olha aqui Becca,quero facilitar as coisas pra você,estou tentando fazer contato com você desde que seu pai se fora para longe,a cada dia que passa ele morre aos poucos,e se você não quiser salvá-lo é só dizer e te deixo em paz.

Pensei por um longo tempo,e ele não tirava os olhos de mim, me olhava com um desejo muito grande que bagunçava a minha mente.Era difícil dizer,eu não confiava em Klauster,isso era a mais pura verdade,também mal o conhecia,mas por outro lado queria fazer tudo para salvar o meu pai da morte.

-O que você quer que eu faça?

Eu estava me entregando?Isso era a maior idiotice que eu estava fazendo na vida,mas era a única maneira de tentar tirar o meu pai da beira da morte.

-Está vendo estes dentes?

-Estou.-Disse assustada,talvez acreditando na realidade dele ser um vampiro.

-É só eu morder você,e assim poderá salvar o seu pai.Mais tem uma recompensa.

-Qual?

-Você será minha para sempre e de mais ninguém.

-Enlouqueceu? Eu mal te conheço!

-Você não quer salvar o seu pai?Então,sou um vampiro e venho esperando você desde o seu nascimento Becca,eu fiz os seus pais escolherem o seu nome,isso é o mínimo que posso lhe oferecer,aliás você nunca irá envelhecer,ira ter 17 anos para sempre.

-Eu quero salvar o meu pai,mas mal lhe conheço para jurar que vou ficar com você para sempre.

-Olha Becca você é uma menina que ia ser linda como vampira,tem os olhos azuis como o mar,os cabelos negros e uma pele perfeita de branca,seriamos um ótimo casal.Pode ter certeza que eu sou a única ajuda que você tem agora.

O Klauster tocou o meu rosto com as suas mãos frias que pareciam um cubinho de gelo,ele esta me enfeitiçando,mas não podia me deixar levar.Pensei por um momento.Talvez fazer um acordo com aquele vampiro desconhecido não fosse tão ruim,podia ser um boa ideia transformar o meu pai,mas talvez não seria a solução de todos os problemas.Era difícil decidir.

-Olha vamos fazer assim Klauster.Você me transforma,mais só depois da transformação eu direi o quê vou decidir,se vou transformar o meu pai e ficar com você ou sumir da sua vida e deixar o meu pai morrer de câncer.

-É uma boa opção Becca.Eu sei que o seu maior desejo é ver o seu pai bem,sinto muito mesmo pela a doença,eu tentei de todas as formas ajudar vocês,mais a doença foi mais forte.

-Você é o quê afinal?Um vampiro,um curandeiro,vidente ou pior de tudo um curioso?

-Eu sou seu noivo,mas isso não vem ao caso,depois conversamos direito meu anjo.

-Então foi um erro gigantesco, pois eu não vou ficar com você nunca!

-Pois então veremos.Daqui á 3 dias vou aonde você estiver e quero uma resposta concreta,seu pai está mal Becca,e essa decisão agora só está em suas mãos.

O Klauster se levantou da areia e saiu andando.”Nossa mais que dia confuso”,pensei comigo mesma.Amanhã seria outro dia,quem poderia mudar a doença do meu pai?Vampiro?Nunca existiu isso,com certeza tudo fora apenas alucinação.

Cheguei em casa e a Ana já dormia no sofá com um pacote de salgadinho jogado pela sala,deixe ela dormir e fui para o meu quarto.Passei a noite toda acordada e quando consegui adormecer já havia se passado da 5:00horas da manhã.

-Becca?Levanta gatinha,já é 10:00horas da manhã.

-Ai Ana me deixa dormir!

Eu odiava ser acordada de um sono profundo,mal dormia bem uma noite,e quando conseguia a Ana acabava com tudo e me acordava.

-Você quem sabe Becca,mais tem um tal de Klauster muito lindo lá em baixo querendo conversar com você.Eu disse que você estava dormindo,mais ele insistiu que eu lhe acordasse e não resisti.Ele é um gato amiga!

Ai meu Deus não tinha sido apenas um sonho,o Klauster existia e era real,eu só não sabia se ele era um vampiro realmente,mas que ele tinha me enchido o saco na noite passada ele tinha sim.

-Tem pessoas que não se tocam mesmo não é?Precisam levar um tapa para apreender.Diga que já estou descendo.

-Nossa,acordou estressada em gatinha.Tudo bem vou avisá-lo.

A Anabeth tinha me apelidado de gatinha desde que nos conhecemos,a Ana era ruiva,tinha os cabelos até a cintura e era branca,não era tão branca quanto eu,pois eu chegava a ser cor de papel,igual ao Klauster.Não podia suportar a ideia de um dia ficar com aquele cara psicopata,era tudo muito doentio,pensar em ficar com uma pessoa que você mal conhece.

Desci e estava disposta a soltar os cachorros em cima de Klauster,mais ele segurava um buquê de rosas nas mãos.

-Pra você meu anjinho.

Como podia ser tão sínico?Ele trazia um buquê e rosas e assim estaria tudo bem?Claro que não!

-Obrigada mais eu não gosto de rosas.

-Eu sei que gosta, pois quando você era pequena,era apaixonada pelas rosas que a sua mãe plantava.-Disse ele tão baixo que nem a Ana conseguiu escutar.

-Obrigada Klauster. Mais agora você precisa ir embora.

-Mais que grosseria a sua gatinha. -Disse a Ana.

- A gente mal se conhece Ana, eu tenho mais o quê fazer se não se ofende Klauster.

-Claro, claro.Mais você sabe,daqui a 2 dias virei procurar você e quero a sua resposta Becca,e espero que seja boa.Tchau Ana.

-Tchau. -Disse a Ana babando no Klauster.

Como ele podia fazer aquele tipo de coisa comigo?Ele não iria me transformar de verdade,bom eu esperava que tudo fosse mentira.Mas até agora ele estava mostrando o contrario.E afinal de contas,como o Klauster sabia tanto sobre a minha vida?Era difícil acreditar na teoria dele,mais até o presente momento ele estava ganhando de mim.

-Amiga ele te pediu em namoro?

A Ana era uma pessoa que adorava saber de tudo e de todos,eu contava tudo mais tudo mesmo para a Ana,mais eu não iria contar a ela sobre o Klauster,até porque  ele queria me transformar em uma vampira,isso seria demais para a mente da Anabeth.

-Pediu Ana.Mais eu mal conheço ele,não vou aceitar,e até porque não estou nem um pouco interessada em namorar ninguém,principalmente o Klauster.

-Ai Becca eu sei que seu pai está doente,mais você precisa seguir...

-Não preciso de nada Ana,só preciso da minha família aqui comigo,o Klauster que vá pros quinto dos inferno,to nem ai pra ele!

-Nossa!Ta bom amiga,desculpa tocar neste assunto com você.

-Tudo bem,já passou.Mais com ele eu não namoro!

Os dois últimos dias se passaram voando,eu estava tão pensativa sobre a resposta que ia dar a Klauster que sai do serviço,estava cansada de trabalhar.Eu precisava ajudar a Ana,mais aquilo era serviço escravo,e se por ventura eu virasse vampira mesmo,não iria precisar mais de comida.

No dia da maldita resposta fui ao aquário de Calmil,era um lugar tão tranquilo e eu precisava achar alguma forma para relaxar,que seria difícil,pois era só me encontrar com o Klauster para a raiva surgir em meu rosto.Eu olhava os cavalos marinhos,que era a minha grande paixão,quando senti alguém tocar de leve em meus cabelos.

-Olá anjinho.

Ele chegava de surpresa,e eu mal conseguia ouvir seus passos e a sua respiração,o Klauster era muito misterioso,mas também tão lindo que eu tinha vontade de pular em seus braços.

-Porque você sempre chega de repente?

-Porque eu gosto de fazer surpresas á você.

-Ata,sei.Olha a minha cara de feliz.

Fiz o sorriso mais sínico que consegui,que era a minha especialidade.

-Não teve graça anjo.

-Para de me chamar de anjo,porque de anjo eu não tenho nada, e você me conhece muito bem,como você mesmo disse.Alias Já tenho uma resposta para a sua maldita pergunta.

-Ta bom,então vamos para um lugar mais reservado anjo.

Ele não tinha escutado a dica de me parar de chamar de anjo,mas não havia surgido muito efeito em sua mente.Fomos para a praia,aonde eu tinha conhecido o Klauster.Eu gostava dali para relembrar os momentos que passei com o meu pai,e agora ele estava me levando para decidir se eu deixaria meu pai viver como um vampiro ou morrer com câncer no estômago.

-Pronto estamos sozinhos Klauster.Agora vou lhe perguntar,quantos dias falta para o meu pai morrer?

-Uma semana no máximo Becca,a decisão é sua.

-Me transforme,mas depois da transformação eu vou até o encontro do meu pai e converso com ele.A vida é dele,se ele decidir virar vampiro serei sua eternamente Klauster.

-Tudo bem,eu sei que você não vai suportar ver o seu pai no leito da morte,ele praticamente está sem estômago,então é isso que vai querer?

-Quero me tornar vampira,para assim ajudar o meu pai de alguma forma,se ele não aceitar a minha ajuda não poderei fazer mais nada.

O medo dominava o meu corpo e a minha mente,será que agora seria verdade mesmo,me transformaria em vampira?Eu estava tão nova,não havia nem encontrado um namorado de verdade que me amasse.

O Klauster chegou tão perto de mim que pude sentir os seus braços em mim,me arrepiei toda com aquele corpo indescritível em minha volta.

-Não vai doer minha vida,eu vou ser cauteloso eu prometo.

Klauster segurou o meu pescoço com muita delicadeza,era incrível eu poder dizer que naquele momento um vampiro era carinhoso.Tudo estava ficando escuro e sem sentido em minha mente,a ultima coisa que senti foi aqueles dentes entrarem dentro do meu pescoço,eles eram tão afiados que pareciam duas agulhas,e depois disso adormeci com as veias queimando pelo corpo todo.

Não sabia o que estava acontecendo comigo,tudo parecia se modificar, estava imobilizada , podia sentir o veneno correr quente sobre todo o meu corpo,sentia minha boca se encher de água,eu estava com muita sede,mas não era de água era de sangue,abri meus olhos e me deparei com a escuridão da noite.

O Klauster estava parado em minha frente,parecia feliz com o que via em mim,será que eu tinha mudado tanto?Era uma loucura mais eu tinha me sacrificado pelo o meu pai,e no fundo não saberia responder se ele gostaria de sobreviver.

-Quantos dias passaram desde que adormeci?-perguntei ao Klauster,que ainda parecia uma estatua.

-Uma noite só meu anjo,não se preocupe avisei a Ana que você estava comigo.

Eu não estava mais na praia,tudo ali em volta era escuro,talvez fosse um quarto de um hotel ou qualquer outro lugar,ou podia ser pior,poderia ser a casa do Klauster,se é que um vampiro precisava de uma casa para morar.

-Aonde estou?

-Em meu quarto,te trouxe para cá para ninguém ver como você estava na rua.Olha anjo você precisa visitar o seu pai o mais rápido possível,a situação está ficando trágica e não há mais solução.

-Como você sabe de tudo isso?

-Eu tenho visões de certas coisas.Tenho mais visões sobre você e sua família, pois escolhi você desde pequena,então sei praticamente tudo sobre a sua vida.

-Sei.Então me diga aonde meu pai está?

-Seu pai está em Santana no hospital Sanches,quarto 209,aliás pode ir andando ou correndo você não vai se cansar nunca princesinha.

-Obrigada pela informação.Mas se me seguir tomo o seu sangue todinho.

-Nossa mal virou uma vampira e já vai matar?

-Estou com sede,você pode ser o primeiro da lista,já que você é um cara insistente.Tchau!

Não esperei a resposta dele,sai correndo na noite.Eu não via a hora de poder olhar o meu pai novamente,mas só não sabia se ele me reconheceria,até porque agora era vampira.Fizera este sacrifício em prol da vida dele,mais a decisão estaria nas mãos dele,viver ou morrer.

Cheguei ao hospital depois de 6:00 horas de uma boa corrida,eu não sentia falta de ar e nem um pouco de sede de água,poderia correr a noite inteira,pois a única sede que sentia era de sangue,mais eu não poderia matar nenhum ser humano,não naquele momento  e naquele lugar.

Pensei em entrar pela porta da frente,mais era muito arriscado,minha mãe poderia saber que fui ver meu pai prestes á morrer,e depois ela faria milhões de perguntas.Resolvi subir pela janela,não era nada difícil para mim,era só questão de costume com a minha nova vida.

Lá estava seu Alberto deitado,meu pai estava magro,estava mesmo na beira da morte,disso o Klauster não tinha errado.Entrei de mansinho e minha mãe dormia no sofá do quarto.

Dona Rosa sempre se preocupou com a família,minha mãe também estava maltratada,era triste ver meus pais daquela forma.

-Pai?-Chamei bem baixinho para que a minha mãe não escutasse.

-Becca?

Parecia que as enfermeiras haviam lhe dado sedativos,mais pensei comigo mesma que conseguiria.

-Oi pai,sou eu,tudo bem?

Ele me fitou nos olhos e se assustou.Eu estava tão diferente assim?

-Becca o quê houve com você minha boneca de pano?

-Calma pai,olha eu vim aqui por um motivo,mais não diga a mamãe que vim lhe visitar.É nosso segredo está bem?

-Ta bom,mais você deveria estar com Anabeth agora Becca.

-Eu sei.Olha pai eu vim lhe fazer uma única pergunta.O senhor quer que a doença te vença ou quer ser salvo com um sacrifício enorme?

Ele começou a chorar,eu não sabia bem o motivo,na verdade não estava entendendo nada.

-Ele te transformou!Como pode deixar ele fazer isso com você meu amor?Klauster me prometeu,Becca eu já estou pronto para morrer,sua mãe que não aceita.Como você deixou ele lhe transformar Becca?Foi um erro enorme.

Meu pai sabia sobre Klauster,será que a minha mãe também saberia sobre a sua existência?

-A mamãe também sabe sobre o Klauster?

-Não anjo.Eu fui o único,até porque é uma história enorme.

-Eu escuto não tem problema.

-Faltavam dois meses para você nascer quando conheci o Klauster,ele é um vampiro bem antigo,ele nasceu de um berço real e depois dos 17 anos,os vampiros não crescem mais,ficam sempre com 17 anos,e todo vampiro real tem que escolher uma companheira,e ele escolheu você Becca.Ele disse que iria sempre lhe proteger do mal,mais eu nunca acreditei,sempre desconfiei que ele poderia fazer isso com você,e você aceitou a proposta dele,se tornar uma vampira para me salvar.Becca você não devia ter feito isso!

-E porque não pai?

-Porque agora que você é vampira,ele vai de uma forma ou de outra te levar para Veneza para assim vocês casarem,é assim que funciona.E ele me avisou que depois dos 17 anos você estaria debaixo das asas dele.

-Ai meu Deus!Não quero me casar com ele pai.

-É meu amor,mais eu vou lhe dizer,não quero me tornar um vampiro,eu estou pronto para morrer Becca.Sua mãe vai ficar bem,ela disse que vai morar com a sua tia em Calmil,até achar um lugar para vocês duas morarem,eu vou ficar bem Becca,não se preocupe,mais me promete uma coisa amor?

-Qualquer coisa pai.

-Prometa que nunca vai beber sangue humano,beba sangue de animais,mais nunca sangue humano pois quando você começar não vai querer parar,não transforme a Anabeth,prometa também que você não vai se casar com o Klauster,só se ele provar o contrario para você Becca.

-Prometo pai!

Eu já chorava,minha alma estava vazia e sem vida.Como se não existisse um sentido para viver de verdade.

-Pai existem outras coisas estranhas no mundo,mas diferente do Klauster?

-Existem anjos que descem para fazer missões na terra,eu conheci uma ela se chamava Garlys,era uma anja perfeita,mais um humano namorar um anjo é proibido,e pior ainda é um vampiro namorar um anjo em missão na terra.

-Entendi.Mais porque você nunca me contou pai?

-Nunca tive coragem,e agora é tarde demais Becca,mais isso é tudo o que eu sei.Agora vá embora e diga a Ana o quê você se tornou,ela precisará tomar cuidado quando você estiver com sede,como está agora.

-Eu te amo pai.

-Também te amo minha bonequinha de pano.

Desci pela janela,aonde havia subido,era terrível saber que aquela era a última vez que estava vendo o meu pai,ele não aceitará o meu pedido.Era duro enfrentar o problema de cara,mais de uma coisa eu sabia,com Klauster eu não poderia me casar.

Corri para casa da Ana,que agora também era o meu lar,eu chorava com um peso na consciência.Meu pai havia decidido morrer,mais mesmo assim eu estava condenada a ver todos os meus entes queridos morrer,pois para sempre iria viver naquele mundo cruel.

Cheguei e a Ana assistia televisão na sala,eu olhei para ela e me deparei com seu pescoço e vi como aquelas veias eram lindas e me chamavam a atenção.

-Becca, saia de cima de mim!-Gritou a Ana desesperada.

-Desculpa Ana,preciso sair para caçar e já volto para lhe contar a grande tragédia.

Sai e me lembrei das palavras do meu pai”Conte a Ana o que você se tornou”.A floresta era escura,mais eu podia ver tudo com muita clareza,avistei um coelho,e foi ele o meu primeiro jantar.

Nunca tinha imaginado que sangue era uma coisa tão boa,uma coisa que enchia a barriga,satisfazia de verdade,mais lá no fundo havia algo me chamando de monstro,e o meu cérebro concordava com aquela ideia.

-Pronto,agora me conte a tragédia gatinha.-Falou a Ana assim que coloquei os pés na porta da sala.

-Primeiro é que meu pai vai morrer está semana,e a segunda é a pior de todas Ana.

-Pode falar.Aliás o que aconteceu com você gatinha?

-O quê aconteceu comigo?

-Se olhe no espelho.

Olhei-me no gigantesco espelho que havia na sala que cobria uma única e enorme parte da parede,eu havia mudado muito,estava mais branca,agora era da cor de um papel,os cabelos continuavam negros mais os olhos eram tão azuis que se podiam ver o mar dentro deles.

-É sobre isso que quero conversar com você Ana.

-Pode falar gatinha.

Respirei fundo e tomei fôlego dos pulmões que talvez não funcionassem mais.

-Eu me tornei uma vampira!

 

 

 

 

2.A revelação a Anabeth.

 

 

-Você o quê?Becca você está de brincadeira com a minha cara não é?

-Pior que não amiga,bem que eu queria que fosse.Olha eu pretendo contar tudo mais você tem que jurar que isso nunca vai sair daqui Ana.

-Ta bom Becca,mais eu quero uma resposta concreta.

Mostrei a ela os meus dentes e as duas marcas que o Klauster havia deixado em meu pescoço.                       

-Isso não é o suficiente Becca.

-No dia em que fui para a praia conheci o Klauster,eu estava chorando como de costume,ai ele veio com umas conversas estranhas,ele sabia meu nome e eu mal sabia da onde ele era e quem ele era.Na verdade eu nem queria saber,mais ele disse que era um vampiro e que era meu guardião,que é uma mentira,ele disse á mim Ana que eu poderia salvar o meu pai se me tornasse uma vampira.

-E você foi pela cabeça dele não é,Becca?

-Fui,e quando fui visitar o meu pai,ele me disse que já conhecia o Klauster,e que o Klauster era um vampiro de uma família real,e que todo vampiro de uma família real escolhe a sua humana para casar,e adivinha quem ele escolheu?

-Você?

-É ele me escolheu.No final das contas meu pai disse que aceitava a morte,era minha mãe que ainda não estava aceitando a situação.Eu prometi a ele que não morderia e não beberia sangue de humanos,meu pai disse que foi um grande erro eu ter feito isso porque o Klauster conseguiu o que queria,me tornar uma vampira!

-E você vai casar com ele?

-É claro que não! Mais vou acabar com a vida dele,eu fiz uma promessa mais acho que o Klauster não está na lista,vou beber o sangue dele até ele virar pó.

-Ai credo Becca,você está falando como uma matadora.Olha muito legal você se tornar uma vampira ,mais e ai você nunca vai envelhecer?

-Nunca!

Levantei-me do sofá e fui em direção a porta principal,como eu sabia que não dormiria nunca mais,eu acharia o  Klauster em qualquer lugar do planeta,pois ele iria pagar pelo o que havia feito comigo.

-Aonde você vai Becca?-Perguntou a Ana.

-Vou acabar com a vida preciosa do Klauster.Vá dormir Ana,talvez amanhã eu já esteja em casa.

-Mas o Klauster é imortal Becca,ele não vai morrer.Sinceramente?Você enlouqueceu!

Sai e não olhei para a Ana,ela estava assustada ,também ela tinha todos os motivos do mundo para ficar.Eu não ficaria feliz de saber da noite pro dia que a minha amiga virou uma vampira para salvar a vida do pai,e depois essa amiga descobre que foi usada o tempo todo só para casar com um vampiro metido á besta.

Resolvi ir para floresta,lá eu já me alimentaria,e de uma forma ou de outra encontraria Klauster.Daquela vez havia conseguido um corvo para o jantar,era estranho pegar animais para sobreviver,mais era a única forma de poder ficar em pé.

Observei bem a floresta e nada ali me parecia ter além de animais pequenos e indefesos,resolvi ir para a maldita praia,eu já estava de saco cheio de me encontrar com o Klauster naquela praia,os momentos bons que tinha passado ali já estavam ficando para trás.

Cheguei e me deparei com ele brincando com a areia,parecia até uma pessoa indefesa de longe,mais eu sabia que ali era um monstro com a aparência de um garanhão.

Mirei bem certeiro em sua cabeça e chutei com toda força que tinha no meu novo corpo,com certeza havia mais força ali,pois me sentia capaz de correr o mundo sem perder o fôlego.

-Nossa!O quê te deu na mente Becca?-Falou o Klauster passando a mão na cabeça.

-Você é um imbecil! Como não reparei que você queria me usar?Olha já estou lhe avisando que nunca eu vou casar com você,dane-se principezinho de quinta categoria,você vai ficar sozinho para sempre!

-Pensei que o seu pai aceitaria se fosse com você,porque eu tentei varias vezes transformá-lo mais ele sempre se recusou.

-E você me usou para assim me levar para o maldito reino da sua família,casarmos e termos muitos filhos?

-A data do casamento já está marca Becca.

Minhas unhas estavam enormes,não pensei duas vezes,lancei as minhas unhas afiadas em seu rosto.Era um rosto bonito eu confesso,mais ele tinha me usado só para me casar com ele.

-Becca você pode me matar se quiser,pois é isso que você quer,vamos em frente,até porque eu não vou lhe ferir,você é uma recém criada.

-É muito bom saber disso,você não vai nem se mexer,vai ser melhor.

-Olha Becca eu errei e sei disso,mais tudo isso é porque eu te amo.

-Vai pro inferno Klauster!Eu não vou te matar hoje,mais quero lhe pedir uma coisa.

-Peça o quê quiser anjo.

-Não me chame de anjo,porque agora eu estou mais para um monstro.Faz um favor?Some da minha vida,não me procure nunca mais,ache uma otária que queira ficar com você!

-Isso eu não posso Becca.Eu preciso lhe vigiar até você vir morar comigo,aliás era para você estar casada,você já tem a idade de uma vampira completa.

-Você pode me vigiar,mais se eu olhar para a sua cara de novo, juro que vou sugar o seu sangue até você virar pó.Nunca mais quero ver você!

Sai andando morrendo de raiva.”A data do casamento já está marcada”,já era demais saber que me tornei uma vampira para salvar o meu pai,e ele não aceitará,e agora um imbecil que eu mal conhecia queria se casar comigo.

Ele até poderia me conhecer,mais eu não sabia nada sobre a vida dele,e seria melhor assim até me esquecer do Klauster,eu  iria ter muito tempo para poder esquecer que ele passou na minha vida.

Resolvi ficar na floresta,pensar um pouco sobre a minha vida,porque eu confesso que ela estava muito bagunçada,como pude me deixar levar?Eu não conhecia o Klauster nem á uma semana,e me transformei em vampira para salvar o meu pai,que foi uma besteira,se o meu pai tivesse me falado antes nada daquilo teria acontecido,mais infelizmente havia acontecido.

O Klauster queria se casar comigo,mas eu não casaria com ele por interesse,pois sabia que se eu me casasse com ele,teria de tudo,mais a única coisa que eu poderia pensar agora era...Porque tudo tinha sido tão rápido?

Não havia encontrado resposta para aquela pergunta,e quando me dei conta o sol já estava nascendo,resolvi seguir a minha vida como se fosse qualquer tipo de ser humano.

Nunca iria morder alguém,eu mesma tinha jurado isso ao meu pai, iria estudar novamente,faria tudo normal,não gostaria de encontrar outro vampiro por ai,ou talvez quem sabe até um anjo vagando solto pelo mundo.

Voltei para a casa,e limpei todos os cômodos a Ana ainda dormia,assim que ela acordou eu estava fazendo o seu café da manhã.

-Bom dia amiga.-Falei assim que senti que a Anabeth entrava pela porta da cozinha.

-Bom dia gatinha.

A Anabeth ainda continuava assustada comigo.

-Olha Ana já limpei a casa toda,pode deixar que de agora em diante eu vou limpar a casa todos os dias.

-O que deu em você gatinha?

-Nada.É que como eu não vou mais trabalhar,porque tenho como comer sem pagar,eu preciso fazer algo para lhe compensar por morar aqui,pois dormir eu não durmo também.

-Por mim tudo bem,pode limpar a casa eu não ligo.Mais porque você não dorme gatinha?

-Porque sou vampira,esqueceu?

-Na verdade gostaria que fosse mentira,mais vou tentar me acostumar.

-Olha Ana eu vou fazer tudo normal,vou estudar,vou limpar a casa como qualquer pessoa,só não vou trabalhar,mais vou te ajudar em tudo.

-Você vai estudar,ficou maluca de vez?

-Claro a gente vai terminar o último ano juntas,eu não vou morder ninguém amiga,sei me satisfazer com animais.Eu sei que vai ser difícil você aceitar isso,mais acho que você se acostuma.

-Espero gatinha.Alias as aulas vão voltar semana que vem Becca.

-Não vejo a hora de poder me sentir normal de novo.

A Anabeth não tinha se acostumado completamente com a ideia da sua melhor amiga ser uma vampira,mais eu já tinha me acostumado com o sangue dela.Seria difícil chegar na escola,teria milhões de pessoas,e cada uma teria um cheiro diferente.

Eu estava curiosa para saber como era um anjo,será que teria cabelos loiros e olhos azuis como um anjinho de desenho?Eu realmente queria ver um de perto,mais o risco seria imenso.Uma vampira querer conhecer um anjo,até ai tudo bem,mais e se rolasse uma química?Era horrível só de pensar.

Como eu não dormia,os dias se passavam demorados,naquela ultima semana de férias não tinha mais me encontrado com o Klauster,era melhor daquela forma pensar que ele nunca existiu,mais quando  me dava conta da realidade estava lá,duas pequenas marquinhas no meu maldito pescoço.

-Becca telefone para você.-Gritou a Ana da cozinha.

Corri tão depressa que mal tocava o chão com os meus pés,eu já imaginava o que seria,já estava meia ciente da situação,mais e minha mãe?

-Alô?

-Filha?Ai meu Deus seu pai faleceu minha boneca.

Eu estava ciente,mais era um choque e tanto se dar conta disso de verdade.

-Quando será o velório mãe?

-Amanhã.Becca como isso aconteceu conosco minha filha?

Minha mãe chorava.

-Não sei mãe,mais não se preocupe,amanhã eu e a Anabeth estaremos ai.

-Olha Becca o funeral será 08:00 horas da manhã,não se atrase.

-Ta bom mãe,tchau e se cuida.

-Tchau amor.

Assim que minha mãe desligou do outro lado da linha,desabei de chorar no sofá.Meu pai tinha morrido,era só isso que se passava em minha mente.

-Becca eu sinto muito.-Falou a Anabeth chorando junto comigo.

-Eu tenho que me acostumar com isso,aliás eu vou viver para sempre,todos os meus parentes vão morrer,mais não podia ser meu pai agora.

A campainha tocou cinco vezes,seja lá quem fosse não era o momento certo para chegar,até no momento da morte alguém interrompia.Atendi a porta e dei de cara com o Klauster,bati a porta na cara dele.

-Becca me deixe entrar.-O Klauster gritava do lado de fora.

-O quê você quer?

-Me deixa entrar,precisamos conversar anjo.

Eu abri a porta com uma vontade imensa de rasgar a cara dele em duas,mais me segurei pois a Anabeth estava presente,seria muita emoção para ela.

-Posso entrar Becca?

-Entra.

Ele se sentou no sofá e esperou eu e a Anabeth sentarmos também.

-Fale logo o quê você quer,porque até em momentos ruins você aparece.Ah me esqueci que você só aparece nesses momentos,sabia que passei a te odiar?

Eu já ia pulando em cima do Klauster quando a Ana me segurou,eu  não sabia da onde ela tinha tirando forças,mais ela conseguiu me colocar no sofá novamente.

-Fala o quê você quer Klauster,pois esse não é o melhor momento.-Falou a Anabeth.

-Eu vim falar da morte do seu pai Becca.Eu fui visitá-lo ontem.

-Deixe-me adivinhar ele deu na sua cara e morreu?

-Não brinque com essas coisas Becca,deixe o Klauster falar.

A Anabeth já estava ficando com raiva da situação.

-Eu conversei com ele Becca,e ele ficou chateado pelo o quê fiz com você,porque antes de você nascer prometi que nunca iria te transformar,mais é a tradição anjo.

-Dane-se a maldita tradição!Eu não to nem ai pra isso,estou preocupada com o meu pai.Foi só isso que você veio dizer?

-Não,seu pai me mandou te levar para casar comigo Becca.

-Mesmo se ele mandou eu não vou,caso com quem eu quiser,alias você jurou não me ver mais,o que você esta fazendo aqui ainda?

-Becca eu sei que você vai voltar para a escola,estou te avisando que no mundo tem muita coisa ruim,e se caso você se envolver com um anjo você não sabe nem o que se pode acontecer.

-É por quê?Você já gostou de algum anjo?

Ele se levantou e não respondeu a minha pergunta.

-Já não é?Você não é homem para dizer isso?

-Já Becca,com a Garlys.Agora me dê licença pois eu preciso ir,até amanhã no velório..

O Klauster bateu a porta da frente com tudo,e a Anabeth estava com cara que não  entendia nada.

-O quê acabou de acontecer aqui Becca?

-Uma discussão.E o Klauster confessou que já se envolveu com uma anja,que é totalmente proibido nesse mundo de vampiros e anjos,você me entende?

-Mais ou menos,que horas é o velório amanhã gatinha?

-08h00 horas da manhã,eu te levo ta bom?

A Anabeth me olhou com uma cara confusa,mais confirmou a maluquice eu tinha acabado de falar.A noite se passou demorada como sempre,eu não sabia o que iria fazer quando chegasse no velório,que reação teria de ver um caixão e saber que ali dentro estava o meu pai morto.

Assim que amanheceu,fui levantar a Anabeth,ela dormia profundamente como de costume.

-Amiga,vamos eu já estou pronta.

-Ah sim vamos.Nossa,agora sim você esta parecendo uma vampira de verdade Becca,está toda de preto.

Eu estava com o meu melhor vestido preto,com luvas nas mãos,um salto agulha e com uma maquiagem bem pesada,eu adorava preto pois realçava a minha beleza.A Ana se trocou rápido,colocou um vestido preto também e com isso saímos de casa.

Eu corria como se não carregasse ninguém no colo,a  Ana parecia ser uma pena.Depois de duas horas chegamos no velório,não tinha muito gente,pois a minha família sempre fora bem reservada,alguns parentes nem estavam sabendo da morte do meu pai,somente os mais íntimos iriam.

Olhei em volta e vi a minha mãe soluçando em cima do caixão,era uma pena minha mãe se sentir tão mal daquela forma.Eu também me encontrava destroçada por dentro,mais não encontrava lágrimas em meus olhos,eles estavam tão secos quanto uma lagoa sem água.

-Por quê Becca?Porque comigo minha filha?

-Calma mãe,Deus sabe de todas as coisas.

Quem era eu para falar de Deus?Eu era uma vampira recém criada.

-Sinto muito pelo tio Alberto dona Rosa.-Deu os pêsames a Anabeth,que por visto se sentia péssima com toda aquela situação.

-Vou lá fora,fica um pouco com a minha mãe Ana por favor?

-Claro!

Sai do velório só para confiscar se o Klauster estava presente naquele momento péssimo da minha vida,e como sempre eu o encontrei,mais agora ele estava em pé com uma cara de quem sentia mesmo pela morte do meu pai.

-Por que comigo Klauster?

-Anjinho nem tudo na vida a gente vai encontrar uma resposta.

Eu não tinha tempo para brigar com Klauster,era um momento muito importuno,eu era uma maldita vampira,era sim,e quem tinha me transformado?O Klauster.

Mas naquele momento eu não iria brigar pelo fato dele ter me transformado,pois tinha sido eu mesma que havia aceitado a proposta,e no final das contas,lá estava o meu pai dentro de um caixão.

Não sabia o que fazer,a única coisa que vinha em minha mente era chorar e chorar,mais por algum motivo as lagrimas não vinham,corri e abracei o Klauster,afinal de contas ele não era o culpado da morte.

-Me desculpa por lhe tratar tão mal,mais não queria que meu pai chegasse nesse ponto.Agora eu terei que ver toda a minha família ir embora,e vou ficar para sempre.

-Becca isso você não poderá impedir,é a vida de humanos nascer e morrer,a não ser que você transforme toda a sua família.

-Nunca vou morder um humano Klauster,eu prometi ao meu pai.

-Então você terá que arcar com as consequências anjo.

-Porque me chama de anjo?

O Klauster riu.Era a primeira vez que via um sorriso em seu rosto,ele era um homem muito lindo,mais por dentro algo ali me dizia que a sua alma era triste e sem vida.Ele era super alto,quase o dobro da minha altura,lindo que chegava a dar inveja.

-Eu te chamo de anjo,porque mesmo você sendo uma recém criada,você tem uma feição perfeita de um anjo,você é linda Becca,mais não posso lhe obrigar a se casar comigo.Além do mais antes de você nascer eu não queria me casar,minha mãe aceitava a minha decisão,porém o meu pai queria seguir a maldita tradição como diz você.

-Você amava a Garlys não é?

Ele me fitou por um longo tempo e abriu um sorriso triste.

-Pior que amava Becca.Antes de você nascer eu era louco por ela,seu pai conheceu ela de repente e gostou muito dela.Eu não sabia que ela era uma anja,mais quando eu soube foi uma briga com os meus pais e claro ela brigou com os anjos também.Eu amava muito ela Becca,de verdade,mais tive que jurar que nunca mais chegaria perto de um anjo porque é totalmente proibido,meus pais cortaram meu cabelo e queimaram,e a Garlys perdeu sua aureola.

-Nossa,e depois disso nunca mais você a viu?

-Vi sim. Ela me deu um colar que era dela,e eu lhe dei uma aliança,isso foi a meio século atrás.Depois disso nunca mais a vi,a única lembrança que tenho dela é este colar.

Era um colar perfeito,de ouro com certeza,e nele tinha um coração de prata escrito:”Meu anjo”.Realmente um presente perfeito.

-É muito lindo.Você importa se eu for...?

-Não,na verdade você deve ficar com a sua mãe Becca,ela precisa de você,como eu não posso entrar ficarei aqui.De verdade sinto muito pelo o seu pai,queria mesmo ter lhe ajudado.

-Obrigada por tudo.Depois de tudo que eu fiz com você,você ainda me ajuda,não sei como lhe agradecer.

-Não precisa me agradecer.